Algumas curiosidades dos processos envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral me atraem.
Em manifestação publicada nesta segunda-feira, o Ministério Público Federal fez uma comparação curiosa.
Então, só para lembrar: uma das teses da defesa de Cabral é que, como o recibo de uma doação eleitoral ao PMDB – cuja origem seria propina de empreiteira combinada com o ex-governador – foi assinado pelo senador Eunicio Amaral, o processo deveria sair da Justiça Federal do Rio para o STF. O parlamentar tem foro privilegiado.
Então, rolou um jeito moleque do MPF para rebater a tese. Dizem os procuradores que, se essa lógica fosse adotada, os alfaiates que fizeram os “caríssimos ternos” de Cabral também estariam sujeitos a ser investigados nos crimes de corrupção.
O MPF conclui dizendo que a “simples assinatura” de Eunicio no documento não é substancial para envolvê-lo. Ok, mas eu gostei mais da parte dos alfaiates.