Na gestão de hospital da prefeitura, OS contratou firma de empresário preso com Sérgio Côrtes

Não foi só através de contratos diretos com a Secretaria estadual de Saúde ou com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) que o empresário Miguel Iskin, preso pela Operação Fatura Exposta no mês passado, recebeu dinheiro público nos últimos tempos no Rio.
Nada de irregular ainda foi apontado até agora nessa relação, nem há qualquer citação nas investigações do Ministério Público Federal (MPF), mas o fato é que ao menos uma Organização Social (OS), o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), vem usando os serviços de Iskin.
A relação acontece no contrato que o Iabas tem com a prefeitura do Rio para a administração do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste. A unidade foi assumida pela OS em agosto do ano passado e, desde então, já repassou R$ 741,4 mil à empresa Imagio Diagnóstico Avançado. Foram três pagamentos, o último agora no mês de janeiro.
De acordo com o site da Receita Federal, a Imagio pertence a Miguel Iskin e a outra empresa sua, a Sheriff Participações. O endereço da firma, no Humaitá, é o mesmo da Oscar Iskin e Cia, foco principal das investigações decorrentes da Operação Fatura Exposta.
Como estão públicos apenas contratos do início de 2016 para cá, é possível que mais recursos do Iabas tenham ido parar nos cofres da empresa de Miguel Iskin.
É bom lembrar que essa OS vem sendo investigada pelo Ministério Público Estadual desde 2015 no Rio por problemas na gestão de unidades de saúde. Em São Paulo, o Iabas também passa por problemas e é alvo de investigação do MP local.

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