A babá do menino Henry Borel, Thayná Oliveira Ferreira, foi contemplada em 2015 com um cargo no município do Rio. De acordo com a publicação em Diário Oficial, ela foi nomeada, no dia 14 de abril daquele ano, como assistente da prefeitura, sem que houvesse a especificação do órgão em que iria trabalhar.

Na época da nomeação de Thainá, seu ex-patrão, o vereador Dr. Jairinho, era líder do governo de Eduardo Paes na Câmara do Rio. Pelo que consta nos documentos públicos, não é possível saber precisamente por quanto tempo ela ocupou a função.
Não houve publicação de exoneração com seu nome, mas, no dia 1º de dezembro de 2015, uma outra pessoa, que se chamaria Monique Tauani, foi nomeada com o mesmo código do cargo. As resoluções foram assinadas pelo então secretário da Casa Civil e atual comandante da pasta de Esportes de Paes, Guilherme Schleder.

O blog não localizou qualquer referência na internet sobre Monique Tauani além do registro da nomeação em Diário Oficial. Também não foi publicada a exoneração com seu nome, mas ela não consta no atual quadro da prefeitura, de acordo com o site que divulga a remuneração dos servidores.
Namorado com cargo
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a babá Thayná Oliveira Ferreira é próxima da família de Jairinho há muitos anos. Em novembro de 2019, na gestão Marcelo Crivella, foi seu namorado, Erick Machado Pigliasco, quem ganhou um cargo de assessor da Subsecretaria de Esportes e Lazer, subordinada à Casa Civil.
Também não houve a publicação da exoneração com o nome de Erick em Diário Oficial, mas ele permaneceu recebendo salário somente até dezembro do ano passado. Sua última remuneração foi de R$ 4,6 mil brutos, além de um 13º salário de R$ 3 mil.
Assim como na gestão Paes, Jairinho ocupou a liderança do governo também durante a passagem de Crivella pela prefeitura do Rio. No segundo turno das eleições do ano passado, o vereador voltou novamente a aparecer ao lado do atual prefeito.
Monique no TCM
O uso de cargos para abrigar pessoas próximas a Jairinho já havia chamado a atenção com o caso da própria Monique Medeiros, mãe de Henry Borel. Em janeiro deste ano, meses após iniciar o relacionamento com o vereador, ela ganhou um cargo no Tribunal de Contas do Município (TCM), que fez com que sua remuneração saltasse para R$ 16 mil mensais. No dia 9 de abril ela foi exonerada, com data retroativa a 24 de março.
Num depoimento que se estendeu pela madrugada desta terça (13), a babá Thayná Ferreira mudou a versão inicial, favorável a Monique e Jairinho, e contou à polícia que Henry teria sido agredido pelo vereador em pelo menos três ocasiões.
*Foto em destaque: Sede administrativa da prefeitura do Rio / Ruben Berta
possivelmente ela foi exonerada no decretão do inicio do ano de 2017 (mudança de gestão) na qual exonera todos os extra-quadro da prefeitura. Daí não sai o nome como na nomeação, é uma determinação unica do prefeito.
Funcionária fantasma por um tempão…
E veja que o namorado também…
E fazendo um esforço que não. Alguém acha que alguma qualidade do serviço saía dali(???)