Colocar um carro de som em frente à casa de Felipe Neto para gritar ameaças contra o influenciador digital fez o empresário Leandro de Souza Cavalieri Valle ganhar projeção nacional. Mas foi apenas o capítulo de maior audiência de um personagem – atualmente pré-candidato a vereador no Rio de Janeiro – que já ronda a política carioca não é de hoje.
Apesar de ser atualmente um crítico do prefeito Marcelo Crivella, Leandro teve um cargo no município na atual gestão, entre os dias 10 de maio e 18 de novembro de 2018. No papel, foi nomeado assessor especial da Superintendência de Supervisão Regional da Área de Planejamento 3.8, referente ao bairro de Anchieta, na Zona Norte do Rio. O salário, à época, seria de cerca de R$ 3,5 mil brutos.
Tempos depois, iria se aproximar do deputado federal de primeiro mandato Otoni de Paula, do PSC. Frequentou intensamente a capital do país nos últimos meses. Com o início da pandemia, passou a incentivar carreatas contra o isolamento social. Em 25 de março deste ano, num vídeo gravado na orla do Recreio dos Bandeirantes, perguntou: “Estou na praia, num calor desses, vai ter vírus aonde?”.
Em junho, participou de um protesto em frente ao STF, em que foram lançados fogos. Foi repreendido por Otoni, que depois voltou atrás e pediu desculpas. Mas o fato é que hoje os dois já não estão mais unidos. O “Cavalieri do Otoni” agora virou “Cavalieri Esse é o Nome”, “o guerreiro de Bolsonaro no Rio”.
A entrevista
Nesta segunda (3), o blog conversou por cerca de 40 minutos por telefone com o pré-candidato a vereador pelo Democracia Cristã (DC). Os principais pontos da entrevista você confere a seguir. Leandro fala de como chegou ao cargo na prefeitura em 2018, indicado por um membro da Igreja Universal, e lembra do “salário de merda” que ganhou.
O empresário – dono de uma oficina no Recreio – ainda conta sobre o início na política, atuando como assessor informal do deputado estadual Carlos Macedo, do Republicanos, bispo licenciado da Universal. E ressalta ser “um cara de berço”.
“Não preciso ser nomeado, eu tenho grana”, comenta, sobre o fato de não ter sido oficialmente contemplado com nenhum cargo por Otoni de Paula (os comentários do deputado foram inseridos no fim do texto).
- Você ficou quanto tempo com o deputado Otoni de Paula?
Fiquei assim, num total de amizade, quase 2 anos, um ano e pouco… Eu comecei com o Otoni 5 de fevereiro em Brasília, né? Mas antes de fevereiro, eu já estava com o Otoni… (…) Eu sou empresário, tá? Só que eu sou envolvido com a política porque eu gosto da política, entendeu? Eu gosto de fazer política. Então, como eu sou uma liderança muito grande aqui na Zona Oeste, Recreio e Barra, por ser muito conhecido aqui na região, eu entrei na política.
Eu trabalhava no inicio com o bispo Carlos Macedo, da Igreja Universal, foi o cara que me deu a primeira oportunidade, me colocou na política. O Otoni depois me colocou, só que eu não era nomeado com o Otoni, certo?

- Você trabalhava com ele, mas não era nomeado. Como era isso?
Não tem um consultor amigo? Um assessor amigo? Eu não preciso ser nomeado, eu tenho grana. Entendeu o que eu tô te falando, eu não precisava ser nomeado pelo Otoni em nada. Eu ganho mais dinheiro que o Otoni dez vezes. Otoni pra mim é pobre. O último carro dele quem comprou fui eu. Eu que tirei no meu nome, que dei a entrada, tudo fui eu que dei. Eu não preciso do Otoni para nada. Então, só para você entender quem sou eu.
- Aham…
Quando a gente fala assim assessor, é aquela coisa que você tá com o cara que é amigo. É maneiro dizer “sou assessor do deputado tal”, ainda mais o Otoni que era bolsonarista nato, era vibrante andar com ele… Aquela coisa toda, né? Você sabe o que eu tô falando. É o que acontece.
Mas o meu crescimento, por eu ter feito as carreatas, o manifesto no STF, isso começou a gerar ciúmes no Otoni. Não foi nada além disso. (…) Para mim, era uma família, só que o meu crescimento, por eu ser muito desbravador, não ter medo de porcaria nenhuma, que eu não tenho, isso começou a incomodar ele.
A gente estava chegando nas reuniões juntos, o povo estava vindo em cima de mim igual doido, tipo assim, “ó o cara, aí, ó o cara aí”. Só que não era pra ele ter ficado com ciúmes porque eu sou amigo dele, eu era amigo dele. Eu grande, ele estava grande. Era mais uma força, você ter mais uma base pra poder trabalhar. Ainda mais que meu curral eleitoral aqui é difícil de entrar. Aqui no Recreio e na Barra é um curral muito fechado. Sabe que não é qualquer um que entra. Então, teve ciúme da parte do Otoni, mais nada.
“Tenho patrimônio”
- Sobre suas idas a Brasília, a participação em reuniões, como funcionava isso?
Eu sou um cara, irmão, de boa aparência, eu sou um empresário. Possuo bons carros, tenho uma situação financeira “regalada”. Então, os deputados ficam meus amigos. Eu sou um cara bom de onda. Eu sei conversar. E o Otoni é que ficava atrás de mim. Tenho 300 mensagens dele no meu celular, tudo gravado. Até comprei um carro dele, pra poder ajudar ele, que tá até em minha posse. Então, um carro blindado que eu nem queria tá jogado na minha garagem.
Eu sou um cara de bem. Então as pessoas gostam de conversar comigo porque eu não sou um ferrado. Você sabe como funciona a política. É normal isso. Eu sou um cara de expressão, tenho patrimônio. “Ah, pô, o Cavalieri é maneiro, garotão, gente boa, engraçado”.
Os deputados ficam meus amigos por saber também que eu sou um bolsonarista e saber que eu sou um cara de leque, um cara aberto, muito de amizade, muito influente na minha região. Então, é normal. Eu não sou um zé ninguém. Eu sou um trabalhador. Já fui administrador do Clube de Regatas do Flamengo durante seis anos, eu tenho história. Minha família é… Meu tio já foi suplente de deputado, já foi vice-presidente geral do Flamengo. Minha mãe foi subsecretária de Terceira Idade… Minha tia foi “presidente” do Lourenço Jorge…
Então, o que acontece? Eu não sou um cara sem berço. Então, as pessoas pegam amizade por mim, independente de carteira. É diferente do que cara que tem carteira, mas não tem berço. Tu sabe o que eu tô te falando, você é um jornalista, você entende o que tô te falando.
Os caras às vezes têm a carteira, mas não têm berço. O cara veio de Nova Iguaçu, veio de Caxias e virou político. Às vezes, você não tem carteira, mas as pessoas te admiram, gostam de bater papo contigo.
Então, eu, na Câmara Federal, como eu estava 24 horas com o Otoni – eu dormia até na cama dele no hotel, porque ele tem alugado apartamento – , eu estava com ele andando e faziam amizade comigo. E ele me deu esse nome “Cavalieri do Otoni”. E tenho esse vídeo se você quiser.
Não tô falando mal dele. Não trabalho com mentira. Estou falando pra você a realidade. O Otoni, deputado federal, estava morrendo de inveja de mim. São os ciúmes da política.
“Carteira federal”
- O deputado afirma que o rompimento aconteceu quando você quis apoiar o ex-prefeito Eduardo Paes (Otoni também tem sido cogitado como pré-candidato à prefeitura).
É mentira dele. O rompimento se deu porque ele mandou arrancar o nome (Cavalieri do Otoni) depois dos ataques do STF, que não fiz ataque nenhum. Ele deu na minha canela covardemente na mídia. Eu, amigo dele, cansei de emprestar dinheiro a ele, forte. Quando os jornalistas foram perguntar, ele, sabendo do meu caráter, ele falou: “Cavalieri não é meu assessor, é meu amigo querido”. Mas pra todo mundo aqui no Recreio e na Barra ele falava que eu era assessor dele, de boca.
E eu tenho uma carteira federal que ele me deu. E eu nunca mostrei pra ninguém porque você pede essa carteira. É protocolada, né? Você sabe que tem várias maneiras, né? Sem estar nomeado, né? É carteira só. Eu tinha entrada da Câmara também, pedida. Então, o que acontece? Só que eu não estava nomeado para receber salário, você entende o que eu tô te falando? Eu não estava ganhando salário porque não precisava de salário. Minha parada era só fazer a minha evidência porque eu era candidato a vereador dele.
Eu não preciso estar ganhando dinheiro de assessoria, não vai mexer comigo. Eu queria ganhar visibilidade, você está entendendo o que eu tô te falando? E eu comecei a trabalhar, trabalhar… O que aconteceu com o Otoni foi isso, foi ciúme.

- Mas você postou #voltaDudu no Facebook…
Meu partido é o DC, que é do Eduardo. O que eu quero dizer, que tá fechado com o Eduardo, certo? Se eu não der um abraço no cara, porra… Quando eu comecei a crescer, o Otoni começou a me minar. Aí me deixou sem partido, sem nada. Ia me botar no Patriota. (…)
Estou há sete meses na política fazendo o que ninguém tem coragem de fazer. Convidei várias celebridades, vários deputados para estarem comigo lá na porta do Felipe Neto. Todo mundo peidou.
Diziam “ai, Cavalieri, tenho medo de ir preso”… Vamos, irmão. Isso é o Brasil, o cara tá tirando a maior onda. Todo mundo não foi lá? O PT não foi na casa da Carmem Lúcia e pintou de vermelho? Qual o problema de ir na casa do Felipe Neto, sem agressividade nenhuma, falar no carro de som no meio da rua? O que eu fiz de mau?
“Juntar aquela massa”
- Voltando ao passado, o trabalho com o deputado estadual Carlos Macedo como foi?
Eu era um bebezinho na política. O Carlos Macedo abriu as portas do seu gabinete pra mim, um bispo muito… Um homem de Deus. Um homem que não tenho que falar nada. O pica das galáxias é o Carlos Macedo. Só que eu recebi o convite do Marcos Borges, chefe de gabinete do Otoni quando ele era vereador, para fazer parte do grupo, sem nomeação, mas caminhando com ele. Aí larguei o Carlos Macedo. Agradeci muito a atenção, os dois anos quase que fiquei com ele, mas fui embora.
- Mas nos dois anos com o Carlos Macedo você não era nomeado?
Era, era nomeado. Não… É… Não, você tá falando nomeado de ganhar dinheiro?
- Isso, isso…
Não, não. Isso aí, não. Fui nomeado assessor dele, igual ao Otoni. Não tá falando de grana não, né? Não, não, foi igual ao Otoni, do mesmo jeito que ele me nomeou.
- De maio de 2018 a novembro de 2018, você estava nomeado na prefeitura, certo?
Ah, não fui nomeado pelo Carlos Macedo. Eu fui nomeado por outro cara da Igreja Universal. Aí é outra coisa, você já mudou o script. Aí, não foi o Carlos Macedo, foi o outro amigo da Igreja Universal, para eu fazer um trabalho aqui no Recreio, fui nomeado na prefeitura como assessor especial.
Fiz um trabalho aqui no Recreio durante esses meses todos que eu fiquei. Pra fazer aquele trabalho que todo mundo faz, nas eleições municipais. Você sabe o que eu tô te falando. Aquele trabalho de juntar aquela massa, aquele povão… Tu entende o que eu tô te falando? A gente junta aquela galera toda, comandei tudo, na rua… Ajudava a prefeitura do Rio a propagar aqui na minha região, a ver rua limpa, suja, cuidar do bairro, trabalho de Comlurb, limpar jardim…
- Isso na região do Recreio?
Eu ficava no Recreio. Assessor especial, tu sabe como funciona. Aí, mandaram eu atuar nessa região, certo? Então, fiquei atuando nessa região, na prefeitura: Recreio, Barra e Vargens. Mas o foco para levantar o nome do prefeito era o Recreio dos Bandeirantes. Trabalhei durante poucos meses e fui exonerado. A gente era vinculado, houve uma “secretaria especial” do Recreio. (…)
“Uns 6 mil votos”
- Mas você trabalhou para alguém na campanha de 2018?
Eu trabalhei na campanha pra um candidato político que era da Igreja Universal, mas eu não vou revelar o nome porque o cara nem ganhou, não tem expressividade nenhuma. Teve 6 mil votos, não teve nada.
- Essa foi a pessoa que te indicou para ser assessor?
É… Isso. Aí, sim. Esse foi o cara que me colocou lá para eu cuidar do bairro. Só que como o Crivella acabou com a superintendência especial, eu fui exonerado. (…)
Nessa que ele foi abrindo um monte de “secretaria especial”, eu colei nessa do Recreio, eu fiquei trabalhando paralelo aos caras do Recreio, por eu ter uma liderança no bairro. Eu trabalhava todo dia, eu tava na rua, pá… Limpando… Tenho várias, bilhões de fotos fazendo pela comunidade, tudo, tudo. Mas foi pouco tempo. Mas aí, sim. Eu fui nomeado. E era um salário de merda. Era acho que R$ 2 mil, acho que só pagava a minha gasolina.
- Mas você tinha sido nomeado em Anchieta. Você já trabalhou em Anchieta?
Trabalhei em Anchieta um mês só. Aí, isso não sou eu, irmão. Isso são eles. Eles que mandam, você sabe como funciona isso. “Ah, Cavalieri, fica lá no Recreio, fica lá em Honório Gurgel”… Eles trocam. Eu raramente ia em Anchieta, a maioria das vezes estava aqui na região. Mas trabalhando porque não podia, não tinha como me jogar pra cá porque a secretaria tava lotada, porque o certo era eu estar aqui. (…) Fizeram o pedido interno e fiquei adido para ficar no Recreio. Fui puxado para cá, você pode fazer isso, é normal.
“As ruas estão falando”
- Nessa época, você não conhecia o Otoni, certo?
Não, não. Como eu sou político, eu tinha um camarote no Engenhão, de número 38. E esse Marcos Borges, que era chefe de gabinete do Otoni, me pediu uns convites, porque tinha um Flamengo e Botafogo no Engenhão. E eu falei “pô, toma aqui, tem 17 ingressos”. Sou um cara querido. Aí, dei pro Marcão e ele levou o Otoni. E aí, gostou de mim. Depois, nos encontramos quando ele era vereador, na Pampa Grill perto da Câmara (no Centro do Rio). Daí, ele gostou de mim, ficava me ligando. Foi uma assessoria para um cara que tinha conhecimento e comecei a estar do lado todo dia, sem estar nomeado.
Em fevereiro de 2019, cheguei lá, e daí em diante comecei a caminhar. Fui a Brasilia de dez a 15 vezes, fiquei no mesmo hotel, no quarto dele direto, a vida toda, sempre junto. Todo mundo sabe. Otoni é como se fosse um pai, um irmão. Mas ele se enciumou comigo, é a realidade.
O meu crescimento incomodou. Ele jamais imaginou que eu “seria jornal” quatro dias seguidos. Quanto mais a esquerda me bater, mais a Globo me bater, mais eu cresço nas ruas. As ruas estão falando. Os caras vêm me falar “valeu, Cavalieri”.
Estava agora na churrascaria. Para o povo de direita, eu sou um herói. Agora, pro povo de esquerda, eu sou um vilão, certo? É normal. Como o Lula é ladrão pra gente e, pra quem é de esquerda, o Lula é um herói. Isso até hoje, acabou. É política, cada um com seu gosto.

- Você citou antes na entrevista um carro que comprou do Otoni…
É um assunto besteira, melhor não botar aí. Coisa particular aí, um amigo pode abençoar o outro. Às vezes está ferrado… O Otoni não é ladrão, não é corrupto. Não financiei nada de campanha pra ele, não, ok? Nem conhecia da campanha. Mas às vezes o cara tá duro. Tem como emprestar R$ 5 mil, R$ 10 mil? Te dou mês que vem. Normal, Coisa de amigo. Não foi dinheiro para campanha, caixa 2, não foi nada.
- Mas você está com o carro?
Ele estava andando com um carro velho na rua. E eu, graças a Deus, tenho sempre uns carrinhos bons. Falei “pô, chefe, esse seu carro tá feio, você é um deputado federal, pô, tem que comprar um carrinho melhor”.
Aí, um amigo que tem agência na Barra tinha um Jetta 2018 lá. Aí, falei “chefe, vamos lá pegar esse Jetta, que tiro no meu nome fiado, no cheque. E vamos dar uma entradinha. Ele disse “pô, Cavalieri, tô sem dinheiro”.
Porque o Otoni não é corrupto. Tu sabe que R$ 28 mil (referindo-se ao salário de deputado) não é dinheiro pra esses caras. Gastam muito, pagam tudo pra todo mundo. R$ 28 mil às vezes o cara paga pra ser político. Eu tô vendo. Às vezes, o cara paga para ser político, se o cara não for corrupto, paga para ter uma “moralzinha”.
Então, falei pra ele trocar esse carrinho. Ele não tinha o dinheiro todo da entrada. Ficava com pena dele, de ter um carro todo velho, arranhado. Aí, dei o dinheiro do meu bolso pra ele e fiquei com o carro. Eu comprei o carro. Eu era o irmão do Otoni, sou amigo fiel.
“Cara de transação”
- No fim da entrevista, Cavalieri fala para que não cite nada dele e diga que ele não foi encontrado. O blog explica que será uma reportagem falando sobre ele, não só sobre a relação dele com Otoni de Paula, para que as pessoas saibam mais sobre quem é o personagem que ameaçou Felipe Neto.
Tá certo. Fui eu que fiz as carreatas contra o governador, eu que chamei o governador de Danoninho. Isso sou eu, isso sou eu. Cavalieri é esse cara de coração. Eu boto a força na rua que todo mundo corre. É o que eu estava falando com os deputados ontem. Nego é bom pra caralho de Face, né, irmão? De Face, pra falar atrás das câmeras, nego é macho pra caramba. Mas pra falar de frente, cara a cara, ninguém fala. Todo mundo peida e corre. É verdade ou mentira?
Aí, a esquerda coloca que fui financiado pelo presidente. Porra nenhuma, foi com meu bolso, porra. Eu sou trabalhador. Eu vendo carro, eu compro carro. Eu vendo imóvel, eu compro imóvel, eu vendo terreno, eu compro terreno. Eu sou um cara de transação, de negócio. Eu sou um cara que hoje eu tô duro, amanhã tô um R$ 1 milhão no bolso, R$ 100 mil, R$ 200 mil. A pessoa que é de negócios vive assim, às vezes está com muita coisa, às vezes com pouca. São negócios, né? (…)
- Por último, o empresário pediu para que destacasse que ele ficou muito satisfeito por ter trabalhado com o deputado Carlos Macedo e que tem muito carinho por Otoni de Paula.
Eu não quero falar dele (Otoni), ele pra mim não representa nada. O Otoni é de Nova Iguaçu, eu sou nascido e criado na Barra. Eu fui oito vezes para os Estados Unidos. Eu conheço tudo, Eu sou criado como rei. E a minha família é toda abençoada.
Eu não sou da laia dele, você está entendendo? Eu sou um cara que conheço tudo, Deus me dá tudo de melhor da Terra. Ontem, estava andando de helicóptero, irmão.
O cara disse: “Cavalieri, vou mandar te buscar pra tu dar um voo, tu vai vir na minha casa em Angra aqui, vou mandar te buscar no Recreio, irmão”.
Então, eu tenho moral, eu tenho prestígio. (…) Se a eleição fosse hoje, eu não teria menos que 30 mil votos, irmão: o homem que bateu de frente com Felipe Neto. Cabou.
O que diz Otoni
O deputado Otoni de Paula disse ao blog que conheceu Leandro Cavalieri há cerca de oito meses, através de um amigo. O parlamentar afirmou que o empresário foi sempre muito solícito e que foi conquistando sua confiança.
“Até que ele começou a tomar algumas atitudes que não gostei. E houve a aproximação dele com o Eduardo Paes. E aí seria ruim ele continuar carregando o meu nome (Cavalieri do Otoni). Hoje, tento manter uma distância respeitosa. Ele nunca foi meu amigo íntimo, mas soube entrar na minha vida”.
O deputado também afirmou que nunca pagou as viagens do empresário a Brasília e que, sobre os eventos que Cavalieri frequentou, como a posse do atual ministro da Educação, seu ex-assessor informal era “jeitoso, invasivo”.
Otoni disse que Cavalieri realmente adquiriu um carro antigo dele e que ele ainda está pagando, com seu próprio dinheiro, o Jetta citado pelo empresário.
Sobre a “carteira federal” citada por Cavalieri, o deputado afirmou não saber do que se trata:
“Só se for aquela que compra no camelô”.
Já o ex-prefeito Eduardo Paes confirmou que conheceu Leandro Cavalieri:
“Todos os abraços serão bem-vindos”.
O blog não conseguiu contato com o deputado Carlos Macedo. A prefeitura do Rio não detalhou as funções que eram exercidas por Leandro Cavalieri enquanto ele teve cargo comissionado.
*Foto em destaque: O empresário Leandro Cavalieri, em vídeo gravado enquanto andava de helicóptero / Reprodução / Facebook
Jornalismo na veia!
Esse cara é o retrato da imbecilidade que assola o país! Pobre de espírito, vazio, sem capacidade de compreender o significado da palavra “respeito” e acha que poder e dinheiro formam o caráter de uma pessoa. Ele é digno de pena!
Precisamos de “educação política” nas escolas de ensino médio, urgentemente! Do contrário o “curral” do nobre pré-candidato arrisca aumentar.
Ele cita o curral sem pudor algum!
Q doideira…
Acho q ele precisa de acompanhamento psiquiátrico.
Quando falando muito que é isso e aquilo, já sabem, né?
Maldita classe média! Moro há 20 na zona oeste, 15 anos no Recreio e 5 anos em Vargem Grande. Nunca ouvi falar desse cara. Conheço bastante gente, bares, academias, restaurantes, supermercados, praias e associacoes de moradores e oficinas. Isso é só mais um verme desprezível que almeja entrar na política APENAS para se apropriar do dinheiro público. Parei de ler na metade, pois me deu ânsia de vômito. Ruben! Parabéns! Como sempre, fazendo um excelente trabalho!